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SÃO PAULO - As bolsas norte-americanas fecharam o último pregão desta semana em queda, influenciadas pelo resultado do Relatório mensal de Emprego, que ficou abaixo do esperado pelo mercado em maio. O desempenho positivo do setor de serviços nos EUA e notícias sobre a Grécia atenuaram as quedas, mas não foram suficientes para reverter os índices.




O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, fechou em baixa de 1,46% a 2.733 pontos, acumulando no ano forte alta de 3,01%. O S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, encerrou o pregão em desvalorização de 0,97% atingindo 1.300 pontos e subindo 3,38% no ano, enquanto o Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, apresentou queda de 0,79% chegando a 12.151 pontos e acumulando no ano forte alta de 4,96%. Esta foi a quinta semana consecutiva de quedas do Dow Jones, maior sequência negativa desde julho de 2004.



Agenda



A economia norte-americana registrou a abertura de 54 mil postos de trabalho em maio, segundo o Relatório de Emprego divulgado pelo Departamento de Trabalho dos EUA nesta sexta. O resultado veio muito abaixo do esperado pelo mercado, que estimava uma alta de 169 mil postos no período. Já a taxa de desemprego subiu para 9,1%, ficando acima das expectativas do mercado, de 9,0%. Os ganhos por hora trabalhada subiram 0,3%, superando as projeções dos analistas, de alta de 0,2%.



Por outro lado, o setor de serviços nos EUA marcou desempenho acima do esperado pelo mercado no mês de maio. O ISM Services ficou em 54,6 pontos na passagem de abril e maio, resultado superior às projeções de analistas, que estavam em torno de 53,3 pontos. O número também ficou acima dos 52,8 pontos auferidos na última medição.



Tecnologia fecha em queda



As ações do setor de tecnologia recuaram na sessão, com destaque para a Marvell Tech (-3,69%), a Nvidia (-3,07%) e Broadcom (-1,54%). Ainda no setor de tecnologia, os papéis da Research In Motion recuaram 3,59% depois de pelo menos duas corretoras cortarem o preço-alvo das ações da fabricante do BlackBerry, em meio a preocupações sobre a incapacidade da empresa de enfrentar a concorrência das rivais Apple (-0,77%) e Google (-0,94%).



Notícias influenciam setor de petróleo e gás



No setor de petróleo e gás, as ações da Baker Hughes (+1,33%) subiram após o CEO da afirmar que espera que o segundo semestre do ano seja melhor.



Halliburton (+0,26%) também subiu, após o RBC elevar o preço-alvo das ações de US$ 60 para US $ 65. Por outro lado, os papéis da Chevron recuaram -0,12%, após a notícia de uma explosão em uma refinaria da companhia no País de Gales. A Exxon (-0,15%) também fechou em leve baixa neste pregão.



Outros destaques corporativos



Os ativos da Orexigen Therapeutics despencaram -33,33% após a notícia de que o FDA (Food and Drug Administration, órgão regulador de farmacêuticas nos EUA) não aprovou o medicamento Contrave, contra a obesidade. O FDA exigiu que a empresa realize um estudo que assegure que a fórmula não afeta o coração antes de sua aprovação.



As ações da Newell Rubbermaid (-11,79%) registraram a maior queda no índice S&P 500, depois que a companhia anunciou que cortará as suas previsões para o ano e afirmou que os resultados do trimestre atual ficarão abaixo das expectativas.



No campo positivo, os papéis do Wal-Mart subiram +0,21%, depois do anúncio de que a varejista aprovou um novo programa de recompra de ações no valor de US$ 15 bilhões para substituir o atual.



Já as ações da Quiksilver saltaram +15,07% com a publicação de seus resultados, que superaram as estimativas. Além disso, a Piper Jaffray elevou a recomendação a empresa de "neutral" para "overweight".



Por fim, os ativos da Tesla registram forte alta de +4,76%, após a notícia de que a ação da fabricante de carros elétricos foi avaliada a um preço acima do esperado em sua oferta de ações.



Grécia



O governo da Grécia anunciou nesta sexta que chegou a um acordo com o BCE (Banco Central Europeu) e o FMI (Fundo Monetário Internacional) para que o país possa receber a quinta parcela do resgate anunciado em 2010, de € 110 bilhões, e ainda abriu caminho para nova rodada de auxílio ainda neste mês.



Segundo comunicado oficial, as deliberações se referem à aprovação do progresso feito até agora acerca do Programa de Política Econômica, da Estratégia Fiscal de Médio Prazo, bem como das reformas necessárias para atingir a meta de déficit para 2011, além dos programas de privatização dos ativos e as reformas estruturais para restaurar o crescimento e a competitividade